Trabalhar no exterior é uma vontade de muitos brasileiros. Mas além da vontade, é preciso também de uma boa dose de paciência e adaptação. O primeiro obstáculo a enfrentar é a língua, que determina o tipo de cargo que você pode conseguir (afinal, sem conhecer o idioma local fica difícil conseguir um bom emprego, não é mesmo?).
      Mas as dificuldades vão bem além do idioma, recaem também na diferença de formação e na duração da graduação. Por exemplo, aqui na Itália a laurea (a nossa graduação) dura apenas 3 anos e depois já vem a laurea magistrale (que seria o nosso mestrado) com duração de 2 anos. 
      Ou seja, para a maioria dos cursos, depois de 5 anos de estudo, o aluno já pode se inscrever no doutorado – no Brasil, seriam pelo menos 6 anos de estudo (como mínimo dos mínimos) antes de fazer um doutorado.
     Por isso, ao migrar para outro país, é importante considerar a recolocação profissional, ou seja, trabalhar em uma área diferente daquela dos seus estudos (pelo menos durante o processo de Reconhecimento de Titulo que dura alguns meses). E isso muitas vezes implica em trabalhar em atividades que você provavelmente não faria no Brasil, como garçom, atendente de call center, babá, vendedor...
     Itália e a crise
        No caso da Itália, até mesmo conseguir um trabalho mais simples ou manual está difícil atualmente. A taxa de desemprego no país é de 12% (entre os jovens de 15 a 24 anos é ainda maior, chegando aos 40%). 
     Então, é importante ter algum diferencial na hora de buscar um trabalho por aqui. Ter um inglês fluente, além do italiano, ainda é a melhor opção para conseguir um posto de trabalho. Outra saída é buscar um emprego autônomo, como professor de português, por exemplo.
       O importante é ter um dinheiro extra para se manter durante os primeiros meses de busca de emprego e ficar aberto às novas possibilidades para recomeçar nesse novo mercado de trabalho, seja através de um curso preparatório ou de um estágio formativo.
 

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